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As meias elásticas e as bandagens constituem importantes mecanismos potencializadores do retorno venoso e linfático, sendo indicados no tratamento de doenças venosas. O retorno venolinfático ocorre de forma fisiológica,contudo a interferência da pressão gravitacional exige mecanismos compensadores para manter o equilíbrio da drenagem desses fluidos. O edema é a resultante dos efeitos da pressão gravitacional, levando a sinais e sintomas clínicos.
  ACESSARObjetivo: Os objetivos do presente estudo foram identificar os tipos de neoplasias e avaliar sua prevalência em 415 pacientes com trombose venosa profunda.
Método: Foi investigada a presença de neoplasias, em estudo prospectivo, em 415 pacientes com trombose venosa profunda em membros inferiores, com idades entre 11 e 92 anos; média de 55,2 anos. O diagnóstico de trombose foi realizado com dúplex em todos pacientes e nos casos de dúvida foi confirmado pela flebografia. Procederam-se a história clínica e o exame físico, além de exames bioquímicos, por imagem, biópsias e cirurgias quando indicadas. Entre os principais exames laboratoriais, nos casos de suspeita clínica, realizaram-se as radiografias de tórax, endoscopia, ultra-som de abdômen, tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Foram incluídos todos os pacientes que apresentaram trombose venosa profunda e excluídos os pacientes que já tinham diagnóstico prévio de neoplasia.
Resultados: Detectou-se a presença de neoplasias em 58 (415) pacientes, representando 13,9%, sendo que 27,5% envolveu o trato gastrointestinal, 17,2% o sistema ginecológico, 17,2% o sistema nervoso central, 15,5% o sistema urológico, 8,6% o sistema respiratório, 6,8% o sistema tegumentar, 3,4% o esquelético, 1,7% o retroperitôneo e 1,7% o reticuloendotelial.
Conclusão: Conclui-se que pacientes com trombose venosa profunda apresentam uma alta prevalência de neoplasias, sendo sugerido o seu rastreamento.
  ACESSARA amputação de membros inferiores ainda é hoje um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil. O longo período do processo de reabilitação faz com que a dependência desses pacientes exija quase que na totalidade de cuidadores. Objetivo. Avaliar a sobrecarga nos cuidadores de pacientes submetidos à amputação. Método. Avaliou-se em estudo prospectivo e aleatório 87 cuidadores de pacientes amputados no ambulatório de cirurgia vascular de um Hospital escola. Utilizou-se o Caregiver Burden Scale (CBE) para avaliação da sobrecarga do cuidador e uma entrevista semi-estruturada para caracterização deste e do paciente. Resultados. Os cuidadores eram, em sua maioria, mulheres (83,3%), casadas (65,2%), média de idade de 40,5 anos, na condição de esposas (54,6%) e mães (32,1%) e moderadamente sobrecarregadas (CBE total=2,33). As variáveis tensão geral, isolamento e envolvimento emocional estavam abaixo da média em 41 cuidadores (47,5%) e decepção e ambiente, em 39 pacientes (45%). As variáveis tensão geral e isolamento versus emoção e emoção versus ambiente mostraram associação (p<0,05). Conclusão. Este estudo fornece subsídios à equipe multiprofissional mostrando que são necessárias políticas públicas efetivas, destinadas a oferecer uma rede de serviços de suporte para que melhore a qualidade de vida de todos.
  ACESSARA utilização de instrumentos para avaliar a qualidade de vida é cada vez mais freqüente, pois dentre outros objetivos, fornece dados sobre a funcionalidade global dos pacientes. É sobretudo, de extrema importância tanto para a prevenção como na intervenção destes pacientes. O objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade de vida em pacientes com insuficiência arterial crônica num hospital escola. Foram avaliados trinta pacientes consecutivos que procuraram o ambulatório do hospital para tratamento de insuficiência arterial crônica. Dezessete pacientes eram do sexo masculino e 13 do sexo feminino, com faixa etária entre 28 a 77 anos (média de 60,2 anos). Após a avaliação clínica e o consentimento dos pacientes, foram avaliados pelos psicólogos e submetidos ao teste de qualidade de vida SF-36.Ogrupo controle foi composto por acompanhantes (familiares) de pacientes do ambulatório vindos da mesma região e com condições socioeconômicas e idades semelhantes. Para a análise estatística foram utilizados o teste T de Student e o método Kolmogorov e Smirnov para avaliar a distribuição de Gauss. A qualidade de vida foi insatisfatória em seis dos oito quesitos avaliados neste grupo de pacientes quando comparados com o grupo controle. A capacidade física, os aspectos físicos, a dor, o estado geral da saúde, os aspectos emocionais e os aspectos sociais foram os quesitos considerados insuficientes. Conclui-se que a qualidade de vida dos pacientes com insuficiênc ia arterial crônica é insatisfatória. Através desta avaliação obtivemos uma visão mais abrangente sobre o estado de saúde dos pacientes podendo, assim, oferecer mais subsídios para o tratamento.
  ACESSARContexto: O presente estudo avalia a mobilidade da articulação talocrural nos seis estágios clínicos da classificação CEAP (clínica, etiológica, anatômica e patofisiológica do International Consensus Committee Reporting Standards on Venous Disease) para doença venosa utilizando a goniometria, e detecta redução da mobilidade articular nos estágios mais avançados da doença, C5 e C6 (úlcera cicatrizada ou ativa).
Objetivo: Investigar a existência de uma relação entre a severidade clínica da doença venosa crônica dos membros inferiores e a diminuição do grau de mobilidade da articulação talocrural.
Método: Selecionaram-se aleatoriamente 120 membros pertencentes a 88 pacientes brancas, que foramseparadoscombaseem sua apresentação clínica de acordo com a categoria C da classificação CEAP, sendo distribuídos em 6 grupos pertencentes às categorias de C0-C1 (grupo controle) até C6, com 20 membros cada um e médias de idade próximas para cada grupo. O grau de mobilidade do tornozelo foi acessado por goniometria de apoio plantar em posição de decúbito supino.
Resultados: Os grupos C de CEAP apresentam diferença significativa em relação ao grau de mobilidade da articulação talocrural medida por goniometria (p < 0,001). C6 difere significativamente dos demais grupos (p < 0,05); C5 difere significativamente de C6, C3,C2eC0-C1(p<0,05),masnão apresenta diferença significativa do grupo C4; C4 difere significativamente do grupoC6(p<0,05) enãodifere dos demais grupos; C0-C1,C2eC3não apresentam diferença significativa entre si e emrelação a C4, e diferem dos grupos C5 e C6 (p < 0,05). O nível de significância utilizado para os testes foi de 5%.
Conclusão: Existe relação entre a severidade clínica da insuficiência venosa crônica dos membros inferiores e a diminuição do grau de mobilidade da articulação talocrural, e ela se faz mais evidente na presença de úlcera venosa ativa ou cicatrizada.
  ACESSARRelata-se o caso de um adolescente com 14 anos de idade, do sexo masculino, que apresentava diagnóstico de deficiência de proteína C e S e desenvolveu trombose de veia cava após treino de capoeira. Enfatiza-se os achados clínicos e dados relevantes de literatura e alerta-se para os cuidados preventivos.
  ACESSAROs autores relatam o caso de uma paciente com 19 anos de idade, portadora de lúpus eritematoso sistêmico, que apresentou edema súbito e progressivo em membro superior esquerdo e dor e circulação colateral visível em região supraclavicular esquerda. Foi realizado diagnóstico de trombose venosa em veia jugular externa esquerda por meio do dúplex scan. Nos exames laboratoriais, evidenciou-se a presença de anticorpo anticardiolipina.
  ACESSARO objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência da deficiência da proteína S em pacientes com trombose venosa profunda e a interferência do anticoagulante oral durante a investigação. Foram avaliados aleatoriamente 87 pacientes, sendo 47 do sexo feminino e 40 do sexo masculino, com idades entre 17 e 56 anos e média de 36,3 anos, que apresentaram trombose venosa profunda (TVP) de membros inferiores. O diagnóstico da TVP foi feito com dúplex e confirmado pela flebografia nos casos de dúvidas. A mensuração da proteína S foi realizada pelo método coagulométrico, avaliando atividade biológica. Os exames foram colhidos um mês após a remoção da anticoagulação oral em todos os pacientes. Em trinta deles foram colhidos também durante a anticoagulação. Em 6,9% dos pacientes foi confirmada, em duas mesurações, a deficiência da proteína S. Na avaliação durante a anticoagulação, os trinta pacientes apresentaram redução dos níveis dessa proteína. Concluímos que a deficiência da proteína S em nosso estudo foi semelhante ao observado na literatura, sendo que a sua investigação mais confiável deve ser realizada após a suspensão do anticoagulante oral. Rev. bras. hematol. hemoter. 2003;25(4):219-222.
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