Professores brasileiros pertencentes a Pós-Graduação da Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto e da Clínica Godoy desenvolveram o tratamento da elefantíase que permite um controle clínico do edema. Contudo, apesar de ser uma grande evolução para esses pacientes portadores de elefantíase, ela não tem cura, mas com o tratamento proposto o membro pode ficar dentro ou próximo à normalidade.
A elefantíase corresponde ao estágio clínico mais avançado do linfedema e pode ter causas congênitas ou adquiridas. Fala-se que são congênitas quando tem uma herança genética e desde que nasce a criança pode apresentar o edema ou surgir no transcorrer de sua vida. Dentre as causas adquiridas está a filariose que tem como causa um verme que se aloja no sistema linfático. A Índia é um dos países que tem o maior número de pacientes com filariose linfática. No Brasil a filariose existe em regiões como Recife e em áreas da Amazônia, entretanto os maiores números são decorrentes de outras causas como, por exemplo, o congênito. Segundo o cientista Dr. Godoy em sua clínica cerca de 75% dos pacientes com elefantíase tem como causa congênita.
Estima-se que cerca de 350 milhões de pessoas no mundo têm problemas no sistema linfático, mas que nem sempre são diagnosticados e ainda muito mais marginalizados de tratamento. No estágio clínico III, que é também denominado de elefantíase, há cerca de 16 milhões de pessoas no mundo. O mais triste é que a maioria desses pacientes com elefantíase não tem nenhuma forma de tratamento. Outro aspecto é que nessas décadas nenhuma forma de tratamento propôs a normalização ou quase normalização do edema na elefantíase. Nesses últimos anos, os cientistas Godoy & Godoy trouxeram novas contribuições que hoje permite propor a normalização ou quase normalização em todos os estágios clínicos, inclusive a elefantíase.
A contribuição dos cientistas brasileiros reside no desenvolvimento de novas técnicas, de materiais para sua abordagem e das formas empregadas para o tratamento. Toda essa evolução tem documentação científica publicada em várias revistas nacionais, principalmente internacionais e livros em vários idiomas.
O cientista Dr. Godoy relata que seu interesse pelo tratamento do linfedema surgiu no ambulatório da Faculdade de Medicina onde recebia vários casos de linfedema nos diferentes estágios clínicos e inclusive a elefantíase. A partir da necessidade de tratamento desses pacientes ele e sua esposa Fátima Godoy, terapeuta ocupacional, passaram a dedicar-se a terapia em sua clínica e pesquisar sobre o linfedema. A partir desse momento, surgiram novas ideias que acabaram se transformando em pesquisa e que permitiram mudar alguns conceitos sobre o tratamento.
Uma das principais contribuições em termos de tratamento é a possibilidade de tratamento da elefantíase para padrões de normalização ou quase normalização. A possibilidade da forma intensiva de tratamento onde o paciente faz cerca de oito horas de tratamento por dia e chega a perder em torno de 50% do volume do edema em cinco dias de tratamento. Ressalta-se que para cada paciente é possível estabelecer uma forma de tratamento de acordo com custo, tempo de resolução do edema e as formas de terapia a ser empregada. O mais importante é que o Método Godoy & Godoy permite tratar as pessoas de todos níveis sociais.
A primeira grande contribuição desenvolvida pelos cientistas foi um novo conceito de drenagem linfática manual, depois surgiu um novo conceito de estimulação do sistema linfático baseado em estímulos na região cervical. O desenvolvimento de um aparelho para realizar a drenagem linfática criou um novo conceito de drenagem linfática mecânica. Esse aparelho abriu perspectiva para o tratamento intensivo do linfedema. Em relação a abordagem terapeuta, o estimulo cervical e a forma intensiva de terapia constituem em importantes contribuições.
Questionado sobre a divulgação de seus trabalhos, o cientista brasileiro Dr Godoy relata que há uma literatura cientifica muito vasta e que pode ajuda-los caso necessite. Porém, é necessário que profissional tenha formação adequada para que tenham resultados satisfatórios. A divulgação mundial do Método tem sido realizada nesses anos onde o principal objetivo é capacitar profissionais para o tratamento e a normalização dos linfedema nos estágios clínicos mais brandos como os estágios I e II e criar centros de referência do Método para tratar os casos mais graves como a elefantíase. Dessa forma reduzir a possibilidade de evolução para estágios clínicos mais avançados como o estágio III que é também denominado de elefantíase.
Atualmente há vários centros pelo mundo que utilizam desse método e com bons resultados e novos centros estão sendo programados. O mais importante de tudo isso é a perspectivas de tratamento para esses pacientes portadores de elefantíase e marginalizados de tratamento.
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